Torneios de pesca esportiva de Dourado podem voltar a acontecer em regiões do Rio Grande do Sul

Prática do pesque e solte de Dourado, proibida no lado brasileiro do Rio Uruguai, pode ser retomada após regiões se mobilizarem.

Por Marcelo Telles - 14/07/2023 em Notícias / Política

Um movimento com o objetivo de retomar a pesca esportiva do peixe da espécie Salminus brasiliensis, mais conhecido como Dourado, no lado brasileiro do Rio Uruguai, no Rio Grande do Sul, está sendo discutido por lideranças gaúchas.


Liderado pelo deputado estadual Eduardo Loureiro, o projeto prevê que os tradicionais torneios de pesca esportiva de Dourado voltem a ser praticados em regiões do estado gaúcho, já que estão proibidos.


Junto ao deputado, prefeitos e empresários do ramo do turismo começaram a debater sobre o tema junto à secretária de Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann.




Nos encontros, a ideia é que seja elaborada uma minuta conjunta com três associações para realizar uma competição de pesca esportiva experimental, com o intuito de pesquisar o monitoramento da quantidade de exemplares da espécie. A ideia é que essa competição acontecesse ainda este ano.


Com o projeto experimental, a quantidade de peixes da espécie Surubim também seria estudada, já que o peixe também se enquadra no quadro de proibição de pesca. As duas espécies não podem ser pescadas no lado brasileiro do Rio Uruguai, porém, são totalmente permitidas no lado do rio com margem para a Argentina.


Uma das pautas levantadas pelos criadores do projeto, está o faturamento alto de empresários argentinos, que atraem turistas e apaixonados pela atividade para suas terras, com a pesca liberada.


Assim, até mesmo brasileiros deixam o território, saem do país, e não investem no turismo nacional.




Participantes da reunião reforçaram a importância da pesca esportiva, atividade em que não traz nenhum mal aos exemplares, sendo devolvidos para as águas em totais condições de volta à vida.


Vale lembrar que o Rio Grande do Sul possui uma lei que libera a pesca esportiva, porém, a mesma ainda não possui regulamentação.


De acordo com os líderes do projeto, a proibição deve cair por terra por se tratar de um estudo com mais de dez anos, quando, na época, órgãos federais consideraram as espécies supracitadas como ameaçadas de extinção.


Hoje, de acordo com os defensores do projeto, essa realidade já não existe mais e tudo poderá ser comprovado através de torneios e competições de pesca experimentais.


Ideia é que os torneios acontecem nos municípios que fazem margem ao Rio Uruguai no estado: nas Missões, na Região Celeiro e na Fronteira-Noroeste.




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