Índios lutam contra construção de hidrelétricas no rio Tapajós

Complexo Hidrelétrico do Tapajós, no oeste do Pará deve ser construído em área preservada da Amazônia

Por Fish TV - 16/12/2014 em Notícias / Meio Ambiente

Os índios da tribo Munduruku resistem contra a construção de cinco hidrelétricas na bacia do rio Tapajós, no Pará. O empreendimento vai provocar impactos na biodiversidade da região, em uma área preservada. Mais de 120 aldeias dependem do rio Tapajós para sobreviver.  O projeto já está em andamento e as comunidades indígenas ainda não têm terras demarcadas.

O projeto da usina de São Luiz do Tapajós, do Governo Federal prevê a construção de mais de 20 barragens na bacia do Tapajós, com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em um espaço que ultrapassa o tamanho da cidade de São Paulo. A área faz parte das principais porções de floresta amazônica intacta do Brasil. 

Ativistas do Greenpeace e índios Munduruku usam pedras para formar a frase `Tapajós Livre` nas areias de uma praia às margens do rio de mesmo nome, próximo ao município de Itaituba, no Pará.(Imagem: Greenpeace Brasil)


O complexo hidrelétrico chegou a ter seu leilão anunciado para o dia 15 de dezembro, porém o Ministério de Minas e Energia teve que suspender o leilão após pressão do povo Munduruku, que não foi devidamente consultado sobre a obra.

O documentário "Indios Munduruku: Tecendo a Resistência", foi lançado recentemente, ele mostra todo o drama que comunidade indígena está enfrentando e sua luta contra a construção do complexo hidrelétrico. A produção independente contou com o apoio de organizações britânicas e de lideranças da etnia Munduruku, e está disponível na internet em português e inglês.

O projeto da usina de São Luiz do Tapajós, prevê a construção de mais de 20 barragens na bacia do Tapajós.(Imagem: Reprodução)


Em setembro, índios da tribo iniciaram a autodemarcação da terra indígena, entre os municípios de Itaituba e Trairão, no oeste do Pará, a poucos quilômetros da área prevista para a construção. Porém as tentativas de demarcação foram frustradas após a recusa da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Veja como ajudar essa e outras causas do Greenpeace aqui.

Fonte: Greenpeace
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