Os índios da tribo Munduruku resistem contra a construção de cinco hidrelétricas na bacia do rio Tapajós, no Pará. O empreendimento vai provocar impactos na biodiversidade da região, em uma área preservada. Mais de 120 aldeias dependem do rio Tapajós para sobreviver. O projeto já está em andamento e as comunidades indígenas ainda não têm terras demarcadas.
O projeto da usina de São Luiz do Tapajós, do Governo Federal prevê a construção de mais de 20 barragens na bacia do Tapajós, com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em um espaço que ultrapassa o tamanho da cidade de São Paulo. A área faz parte das principais porções de floresta amazônica intacta do Brasil.
O complexo hidrelétrico chegou a ter seu leilão anunciado para o dia 15 de dezembro, porém o Ministério de Minas e Energia teve que suspender o leilão após pressão do povo Munduruku, que não foi devidamente consultado sobre a obra.
O documentário "Indios Munduruku: Tecendo a Resistência", foi lançado recentemente, ele mostra todo o drama que comunidade indígena está enfrentando e sua luta contra a construção do complexo hidrelétrico. A produção independente contou com o apoio de organizações britânicas e de lideranças da etnia Munduruku, e está disponível na internet em português e inglês.
Em setembro, índios da tribo iniciaram a autodemarcação da terra indígena, entre os municípios de Itaituba e Trairão, no oeste do Pará, a poucos quilômetros da área prevista para a construção. Porém as tentativas de demarcação foram frustradas após a recusa da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Veja como ajudar essa e outras causas do Greenpeace aqui.