Tarpon: conheça o movimento para preservação deste peixe, símbolo do estado do Maranhão

Também conhecido como Pirapema, Pema ou Camurupim, peixe é protegido por lei. Porém, sua preservação não é respeitada

Por Marcelo Telles - 21/12/2021 em Notícias / Meio Ambiente - atualizado em 21/12/2021 as 10:55

Um movimento está tomando conta do dia a dia dos pescadores esportivos e dos amantes do meio ambiente do estado do Maranhão.

Conhecido como Pirapema, Pema, Camurupim ou, mundialmente, como Tarpon, o Megalops Atlanticus é uma espécie de peixe que está ameaçada, apesar da sua extrema importância.

Nativo das regiões norte e nordeste do Brasil, o peixe foi inserido, em 2019, na Portaria 445 do Ibama, que reconhece as espécies de peixes e invertebrados aquáticos da fauna brasileira ameaçadas de extinção.

A Portaria 445 ainda obriga a proteção dessas espécies de forma integral, proibindo sua captura, transporte, armazenamento, guarda, manejo, beneficiamento e comercialização.

Porém, como publicado pelo perfil @maranhao3dfishing, "quase ninguém parece saber disso, uma vez que é bastante comum encontrá-lo em peixarias, feiras e mercados do Maranhão, Pará, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte". 

No Maranhão, por exemplo, com o maior litoral e maior floresta de mangues do país, isto acaba acontecendo em toda a costa, desde o Rio Parnaíba, na divisa com o Piauí, até o Rio Gurupi, divisa com o Pará.

O perfil citado faz um apelo, solicitando ajuda urgente de todos os cidadãos em prol da dita lei de preservação do Tarpon, já que é um símbolo do estado e patrimônio natural do Maranhão.


O peixe 'escolheu' o estado para servir de habitat durante todo o ano e, não apenas, de modo sazonal, onde ocorre em outros locais. Isso devido à temperatura e profundidade das águas, com o forte manguezal da costa do estado.

"Fazemos um apelo a todo cidadão para que evite abater, comercializar e consumir o peixe Pirapema, Pema, Camurupim ou Tarpon, sob risco de, num futuro não muito distante, não haver mais a possibilidade de salvar a espécie em águas brasileiras", publicou o perfil.

O apelo do povo maranhense é, apenas, por questões de cidadania, respeitando as leis e, principalmente, o meio ambiente e as gerações futuras.

Com isso, com o passar dos anos, mais e mais pessoas poderão conhecer a espécie tão bela e tão forte para o turismo mundial da pesca esportiva.

Esta espécie gera renda e desenvolvimento, além de ser importante para a longevidade, ajudando, até mesmo, a ciência! Já que, através de pesquisas, o peixe se mostrou ser importante contra graves doenças.

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