Grupo de Trabalho é criado para debater conservação do tucunaré

A intenção é fortalecer a pesca esportiva no Amazonas

Por Alison Mota - 22/04/2020 em Notícias / Meio Ambiente - atualizado em 04/08/2020 as 09:39

A pesca esportiva movimenta turismo e mercado no Brasil todo. Mas, quando o assunto é tucunaré, o estado do Amazonas é um dos locais mais procurados no país na hora de enfrentar essa espécie. Para que haja um espaço em que se discuta a conservação do peixe e se fortaleça a prática do esporte da pesca, foi criado um Grupo de Trabalho (GT) do Tucunaré, que se reuniu em Manaus, na última semana.

O Grupo de Trabalho é coordenado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), criado pela portaria nº 21 de 14 de fevereiro de 2020. A formação do GT tem por objetivo a discussão científica e técnica para que seja regularizado o ordenamento pesqueiro do tucunaré no Amazonas, principalmente para a pesca esportiva. Dados apontam que a modalidade esportiva de pesca atraia mais de 20 mil turistas anualmente ao estado, movimentando cerca de R$ 300 milhões.

Eric Hanai, proprietário da Pro Tucuna Pesca Esportiva, defende a conservação do tucunaré, lembrando que o valor do peixe vivo é sempre maior. “Me lembro do pessoal vendendo tucunaré-açu a R$ 10 o quilo. Pensando num exemplar de 10 kg, se chega a R$ 100, o que é pouco. Com a pesca esportiva, a gente atrai pescadores do mundo todo que, para capturar um exemplar desse porte, gastam de R$ 7 a 8 mil, gerando riquezas ao município e preservando os peixes”, pondera.

Quando o assunto é preservação de espécies, na Pousada Acari tudo é levado muito a sério. “O peixe que preparamos na pousada eu compro de pessoas que possuem tanques-rede, açudes em seus sítios, para não tirar nenhum exemplar do rio, sequer, nem incentivar a pesca extrativista. Além disso, ainda fazemos um trabalho de marcação dos peixes capturados, para controle”, descreve Reiri Ribeiro do Vale, proprietário do empreendimento.

Para que haja um cuidado efetivo, José Jorge, proprietário da Personal Fishing, defende mais ações como as do Grupo de Trabalho, também acredita que sejam necessários mais fiscalização e rigor, o que começa por seu empreendimento. “Por falta de endurecimento nas leis, o nosso tucunaré continua sendo atingido pela pesca predatória e gente que permite o abate. Uma empresa de turismo não pode, em hipótese alguma abater o tucunaré, pois ele é a nossa galinha dos ovos de ouro. Até por isso, a proibição de matar os peixes já está em nossos contratos”, relata.

Com os cuidados necessários para proteger e manter o meio ambiente saudável, garantimos que haja pesca esportiva para a atual e para as futuras gerações. Agora, é a sua vez de se cuidar e, assim que o isolamento social acabar, prepare a sua viagem em busca dos esportivos tucunarés-açus da Amazônia.

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