A gente tem uma mania curiosa: descobrir um lugar que gosta e decidir que só ali é bom. “Ah, mas eu já conheço aquela pousada, o guia é ótimo, sempre pego peixe lá.”
Pois é. E se você estiver perdendo experiências incríveis só porque decidiu não sair da mesmice?
Viajar é se permitir. É sair da bolha, do “eu já sei que gosto”, e ir ver o que mais existe no mapa. Talvez você vá pra outro lugar e não goste tanto e tudo bem. Pelo menos agora você tem argumento pra dizer “prefiro a pousada A à pousada B” porque você foi, viu e viveu.
Mas se você nunca experimentar, nunca vai saber.
Foto: Pedro Hartz
É como comida.
Tem gente que diz: “Eu não como tal coisa.”
Tá, mas já provou? Não!
Então prova, caramba! Depois diz se gosta ou não.
Eu mesma dizia que não comia carne de cordeiro. Até que um dia provei, depois provei de novo, e hoje como. Não é a minha carne preferida, mas aprendi a apreciar o sabor. É isso: a gente precisa estar aberto a experimentar.
O mesmo vale para viagens.
Para pousadas.
Para tipos de pesca.
Para culturas diferentes.
Quer ir pra Argentina? Maravilha. Mas vá sabendo que lá não é o Brasil.
Não vá esperando arroz e feijão todo dia.
Prove da comida argentina, sinta o sabor do lugar. Se quiser o sabor de casa, então escolha uma pousada que tenha atendimento brasileiro, simples assim.
Mas se for pra sair do país, vá de coração aberto. Experimente. Viva o diferente.
Foto: Pedro Hartz
Porque só assim a gente cresce.
Só assim a gente descobre o que realmente gosta.
E às vezes, o novo te surpreende tanto que vira o seu novo “lugar preferido”.
Outra coisa: não adianta voltar sempre pro mesmo destino achando que vai viver a mesma experiência. Nunca é igual. Nem o rio é o mesmo, nem o peixe é o mesmo, nem o clima é igual. A natureza muda, o humor muda, até a gente muda. E isso é o mais bonito de tudo.

Foto: Pedro Hartz
Então, permita-se! Conheça outros lugares, outras pousadas, outros guias, outras águas.
Prove outros sabores, veja outros pôres do sol.
O mundo é grande demais pra você limitar a sua história a um só cenário. Quem se abre para novas experiências, volta mais leve, mais criativo e com uma bagagem que vai muito além das malas.
Porque no fim, mudar o destino é, de um jeito ou de outro, mudar a gente também.
para comentar
Por
Laís Vanessa
- 06/11/2025 em