Foi registrado no criadouro científico Nest, no interior de São Paulo, o nascimento de dois filhotes de ararinha-azul (Cyanopsitta spixii). A espécie natural da Caatinga brasileira é considerada extinta da natureza desde o ano 2000. O nascimento dos dois exemplares aconteceu em outubro, mas só agora foi divulgado. As aves têm cerca de nove semanas, e são resultado do trabalho de pesquisadores do Programa de Cativeiro da Ararinha-azul, que pretende aumentar a população desta espécie na natureza. A reprodução de ararinhas-azuis não acontecia no país há 14 anos. Os dois exemplares ainda não tem sexo definido, o material genético está sendo analisado. Os filhotes deverão ter seus nomes escolhidos através de votação pública, por meio das redes sociais pelo ICMBio.
Original da região de Couracá, na Bahia, a ararinha-azul teve sua população extinta da natureza, principalmente por conta do tráfico de animais. Atualmente existem 92 exemplares vivendo em cativeiro, sendo que apenas 11 estão no Brasil.
A meta do programa, que conta com o apoio do Instituto Chico Mendes (ICMBio), ligado ao Ministério do Meio Ambiente, é aumentar o número de exemplares da espécie para 150 e reintroduzi-los na natureza até 2021.