A Amazônia tem respostas que a gente não encontra na rotina

Uma imersão no pulmão do mundo que todo turista pescador precisa fazer

Por Laís Vanessa - 27/11/2025 em Notícias / Turismo

Fazia tempo que eu não ia para a Amazônia. Tempo demais, talvez!


E quando finalmente voltei, dessa vez para a pousada Itapará, que vocês vão ver em breve no episódio de Destinos, na Fish TV, algo em mim também voltou. Não foi só uma viagem, não foi só trabalho. Foi um reencontro.


A Amazônia tem essa coisa de te receber de um jeito silencioso, quase tímido, mas que ao mesmo tempo te atravessa inteira. Já estive nela outras vezes, sempre em movimentos, gravações, correria de rotina. Mas agora eu consegui sentir a selva de verdade. Sentir mesmo. Como se ela tivesse me dito: é assim que eu quero que você me veja.


Foto: Wed Taylor. 


Acordar ali é diferente. O dia nasce devagar, o rio acorda primeiro que a gente e a luz bate na água como se estivesse chamando pelo seu nome. Sempre faço questão de ficar em quartos virados para a natureza, porque isso mexe comigo de um jeito profundo. E não é impressão, não. Tem pesquisa que confirma que o contato com a natureza reduz o cortisol, o hormônio do estresse. A gente vive acelerado e não percebe que o que falta muitas vezes é só isso: verde, ar puro, um olhar demorado para a vida acontecendo.


Por isso eu defendo, quase como um mantra, fazer ao menos uma viagem por ano em contato real com a natureza. O cérebro precisa. A alma precisa. O corpo agradece.


Foto: Wed Taylor.


Na Amazônia, eu entendi de novo a importância de colocar o pé na terra, de botar o pé na água do rio, de ouvir os pássaros sem pressa de ir embora. É claro que quem vai para uma pousada de pesca vai pescar, óbvio. Mas não precisa ser do nascer ao pôr do sol como se não houvesse mais nada no mundo além do arremesso. A Amazônia não é um lugar para competir com o relógio. É um lugar para se entregar ao tempo.


Tome um banho de rio. Sinta a água passar. Respire fundo. Converse com a mata, mesmo que só em pensamento.


Aproveite a estrutura, o cuidado, o carinho de quem te recebe. Experimente um suco com uma fruta que você nunca ouviu falar. Prove os sabores locais, deixe de lado a ideia de levar a sua cultura para dentro da cultura do outro. A Amazônia não é um palco para nós. A gente é que deveria ser plateia ali.

Foto: Wed Taylor.


E tem mais: diminua o álcool, descanse, preste atenção nas coisas simples! Tudo isso faz com que você volte mais leve. Mesmo pescando todos os dias, se você se permitir sentir o entorno, você não se cansa. Se renova. É impressionante como estar no pulmão do mundo muda alguma chave dentro da gente.


Imagina só: nenhum trânsito, nenhum vizinho gritando, nenhum barulho da cidade. Só selva, rio, vida pulsando…O cérebro entra em modo paz. E isso aparece no corpo. A pele melhora, o cabelo, o humor…a gente melhora.


Então se entregue ao lugar, viva, respeite cada detalhe, cada silêncio, cada som. A Amazônia, ou qualquer destino de natureza, transforma. Transforma o corpo, a mente, a forma como você enxerga a vida.

 
Transforma o que você é e, principalmente, o que você lembra que pode ser.


Avalie esta notícia:

MAIS NOTÍCIAS