União Europeia propõe redução drásticas das emissões de gases e neutralidade do carbono

Iniciativa tem como objetivo reduzir a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa em 90% pelos próximos 16 anos.

Por Marcelo Telles - 16/02/2024 em Notícias / Meio Ambiente

Na semana passada, a Comissão da União Europeia (UE) propôs uma redução líquida com um valor de 90% nas emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa até o ano de 2040, em comparação com os níveis do início dos anos 90.


Essa medida é considerada crucial para avançar em direção ao objetivo de neutralidade de carbono até 2050.


Ursula Von der Leyen fala sobre a necessidade de incentivos. Foto: Patrick Hertzog / AFP. 


De acordo com o que foi divulgado pelo O Dia, o comissário europeu de Ação Climática, Wopke Hoekstra, afirmou que, com base nos melhores dados científicos disponíveis e em um estudo de impacto, seria recomendado uma meta de redução desse valor pelos próximos anos.


Durante o seu discurso no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, o comissário europeu Wopke Hoekstra destacou que a ação climática exigia planejamento, sendo um trabalho de longa jornada. Para alcançar a meta até 2040, os 27 países da UE precisariam manter o mesmo ritmo de redução planejado para o período de 2020 a 2030.


Para atingir esse objetivo, porém, a proposta inclui a captura e armazenamento de grandes volumes de dióxido de carbono, prevendo que a produção de eletricidade seja praticamente livre de carbono na segunda metade da década de 2030, enquanto o uso de combustíveis fósseis para fins energéticos deve diminuir em 80% até 2040.



O "Pacto Verde" da UE, destinado a alcançar a neutralidade de carbono, despertou preocupações sobre o impacto de uma transição rápida. Embora as medidas propostas pela Comissão Europeia tenham progredido nas áreas de transporte e indústria, o setor agrícola enfrenta desafios.


A Comissão estima que os investimentos necessários entre 2031 e 2050 para alcançar a neutralidade de carbono podem chegar a 660 bilhões de euros (cerca de R$ 3,2 trilhões) apenas no setor de energia. Além disso, seriam necessários investimentos de aproximadamente 870 bilhões de euros (por volta de R$ 4,3 trilhões) no setor de transporte.



Ainda foi sugerido que esse custo monumental pode ser coberto por meio de parcerias entre investimentos públicos e recursos privados. 



Avalie esta notícia:

MAIS NOTÍCIAS