Em documento publicado recentemente, o Instituto Mamirauá destaca a carência de dados populacionais de botos e jacarés na Amazônia. A falta destas informações, dificultam as pesquisas sobre os reais efeitos da pesca da piracatinga sobre as populações das duas espécies. Por conta disso, ainda não é possível afirmar os efeitos negativos dessa atividade pesqueira para os botos e jacarés.
A Amazônia possui um extenso e complexo sistema de rios, com mais de 100.000 km de cursos d´água que se estendem por nove países. Segundo Miriam Marmontel, líder do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos do Intituto Mamirauá, "existe muitas possibilidades para a mortalidade de botos, que não são necessariamente associadas à pesca da piracatinga".
O Instituto Mamirauá faz o monitoramento da pesca da piracatinga na região do Médio Solimões, e desenvolve pesquisas para registrar os diferentes aspectos da atividade, como o envolvimento das comunidades tradicionais e a estruturação da sua cadeia produtiva. Além de realizar expedições ao longo da bacia amazônica, a fim de documentar a distribuição e abundância das espécies de botos na região. Informações que são fundamentais para o desenvolvimento de estratégias de conservação dessas espécies.
Para avaliar os possíveis impactos dessa atividade pesqueira e a utilização de jacarés e botos como isca, é importante considerar fatores ambientais econômicos e sociais.
Fonte: Instituto Mamirauá
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