DIA MUNDIAL DA ÁGUA: SEM COMEMORAR, MAS SIM REFLETIR

O Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo. Resíduos que, muitas vezes, param nas águas.

Por Alison Mota - 22/03/2019 em Notícias / Meio Ambiente - atualizado em 05/04/2019 as 10:01

Hoje, dia 22 de março, é comemorado o Dia Mundial da Água, data essa instituída em Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992, por meio de resolução. O objetivo é que se tenha um momento de reflexão sobre como são utilizados os recursos hídricos mundiais, pensando em proteção e distribuição aos que ainda não têm acesso a água potável.

As preocupações da ONU com a água no mundo são antigas, realizando conferências e debates ao longo dos anos de sua existência para encontrar soluções. Os motivos começam com o aumento populacional, além do setor agrícola, que é responsável  por 70% das captações de água em todo o mundo. Ainda há a indústria e a produção de energia, que, com a acelerada urbanização, contribuem para a crescente demanda.

Não apenas a utilização da água pelo mundo, mas o descarte incorreto de materiais inutilizados também gera preocupação, como alerta um relatório do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) chamado “Solucionar a Poluição Plástica: Transparência e Responsabilização”, que reforça a urgência de um acordo global para conter a poluição por plásticos. No texto, ficamos sabendo que o Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, ficando atrás dos Estados Unidos, China e Índia. Porém, das mais de 10 milhões de toneladas coletadas (91% do total),apenas 145 mil toneladas (1,28%) são efetivamente recicladas. Esse é o menor índice da pesquisa e está abaixo da média global, que é de 9% de reciclagem plástica.


No mundo, muito desse lixo vai parar nas águas, um problema atual. Dias atrás, foi encontrada morta uma baleia da espécie bicuda de Cuvier, em Mabini, na costa das Filipinas. O animal tinha 40 quilos de plásticos em seu estômago, alguns entrando em processo de calcificação. De acordo com o grupo D’Bone Collector Museum, organização que recolheu o animal, a baleia morreu por inanição e desidratação, já que essa espécie não bebe água do mar, retirando o líquido de que precisa dos alimentos. Como a quantidade de plásticos era grande e se calcificava, o espaço estomacal diminuiu, não permitindo o consumo ideal de alimentos.


“Nossa vida é na água”

Na Fish TV, preservação é o que move o canal. “Nossa vida é na água”, slogan da emissora, reflete a preocupação com os recursos hídricos, pois se não forem bem administrados e preservados, não há como seguir com as atividades da pesca esportiva. Apresentadores e equipe de produção trabalham em águas de todos os cantos do país e do mundo quase todos os dias. Por isso, a equipe da Fish TV sabe que pequenas atitudes podem fazer total diferença para a preservação natural. No programa A Meta, por exemplo, Gaba busca viver o Leave No Trace, ou seja, não deixar rastros por onde passa. Em vídeo, o apresentador deixa seu recado de conscientização, a pedido do repórter Alison Mota. Junte-se a nós nessa busca por cuidar dos recursos hídricos porque “nossa vida é na água”! 



Foto 1: Shutterstock

Foto 2: Facebook da D’Bone Collector Museum

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