Uma equipe de pesquisadores brasileiros através de um estudo detalhado, revelou que o Purussaurus brasiliensis - antepassado pré-histórico do jacaré - tinha a mordida duas vezes mais forte que a do famoso Tiranossauro Rex, o mais notório dos dinossauros. A espécie que viveu na Amazônia há mais de oito milhões de anos, no período mioceno, foi descoberta em 1982 pelo cientista e aventureiro brasileiro Barbosa Rodrigues.
O Purussaurus podia passar dos 12 metros de comprimento e pesar oito toneladas. Estima-se que o réptil precisava comer em média 40kg de carne diariamente para sobreviver. Cerca de 15 vezes mais do que um jacaré atual come. O período mioceno foi marcado por grandes mamíferos na região da Amazônia.
Apesar de ser comparado com o Tiranossauro Rex, o "superjacaré" amazônico existiu há mais de 50 milhões de anos depois da extinção do famoso dinossauro. A força da mordida média do jacaré pré-histórico brasileiro era de sete toneladas, com força mínima de 41 mil e máxima de mais de 115 mil. O tiranossauro, não passava de 57 mil.
"O Purussaurus tinha uma anatomia bem adequada para uma mordida violenta e sustentável", diz a paleontóloga da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Aline Ghilardi.
A extinção deste gigante aconteceu com o surgimento da Cordilheira dos Andes, que provocou um impacto profundo no meio-ambiente do continente inteiro, influenciando principalmente na região amazônica. A mudança do sistema de pântanos na Amazônia para o de rios reduziu muito a área para o Purussaurus viver, e também o número de presas. Levando a espécie rapidamente á extinção.